quinta-feira, 2 de maio de 2013

Até que ponto o uso das TDV’s é monitorado pelos pais?

É necessário o bloqueio de paginas que são  inadequadas para crianças?


Pais utilizam programas para vigiar filhos na internet e no celular

Psicóloga alerta que ferramenta pode representar quebra de confiança entre pais e filhos, mas em alguns casos, a espionagem pode ser benéfica.

O uso da internet para monitorar os passos dos filhos já provoca um debate acalorado. Alguns pais estão colocando um programa espião no computador dos jovens. Estes pais acham que isso é proteção. Mas não seria invasão de privacidade?
Os programas espiões podem ser comprados ou baixados de graça pela internet e ficam ocultos no computador. Um deles envia por mensagem, todas as informações de quem está usando o equipamento. Manda fotos da tela, minuto a minuto, para o computador do pai.
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Foi o que fez Marco Antônio Prado com o filho. “O que ele comentava com os amigos, após festas, conversa com as amigas, namorada. Eu tinha informação, mas eu não passava a ele”, conta representante comercial.
Mas o adolescente com um pouco mais de conhecimento de informática percebe que existe no computador um programa espião, por isso agora ele está sendo instalado fora do computador, no mouse.
Dentro dele há um circuito parecido com o de um telefone celular, com chip e até um microfone escondido. Desta forma, o pai consegue monitorar tudo que o filho faz na internet e até ouvir as conversas dele enquanto usa o computador.
 
Já outro dispositivo é capaz de grampear os telefonemas. Os pais instalam um programa no celular do filho e através de um outro aparelho conseguem ouvir as conversas.
“Pode ser feito a escuta do ambiente onde a pessoa está. Pode fazer o rastreamento da pessoa através do GPS”, explica André Cardelli, consultor de segurança.
 
Com outros programas, os pais conseguem vigiar os filhos pelo celular, e recuperar as conversas de texto.
Um técnico de informática que não quis se identificar, monitora as filhas pelo computador de casa e não quer que elas descubram. “A preocupação é de outras pessoas que fazem isso com má intenção, iludir ela ou alguma coisa”, explica.
Para a psicóloga Patrícia Piazzon Queiróz, o excesso de invasão na vida dos filhos representa uma quebra de confiança. “Isso para a relação pai e filho é muito ruim, e mesmo pra uma relação do filho com outras pessoas, porque se meu pai traiu minha confiança a esse ponto, outros poderão fazer. Então isso é danoso emocionalmente.
Mas em alguns casos, a espionagem pode ser benéfica. “O meu filho vai mostrando algumas coisas, em relação à droga, uma dificuldade em lidar com algumas pessoas, muito preconceito, então isso já está me mostrando uma outra formação. Nesse caso aí a gente tem que tomar algum cuidado, então quando há alguns desvios, o pai tem que estar atento e saber o que o filho dele está fazendo.

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